por Marcus Lopes
Mais do que estudar os aspectos físicos do planeta, o bom geógrafo é aquele que analisa o espaço geográfico levando-se em consideração os aspectos sociais e ambientais. Para esse tipo de profissional, a carreira sempre vai estar em alta e não faltarão oportunidades de trabalho.
Os avanços tecnológicos, como as imagens via satélite, a internet e a computação gráfica, mudaram muito a carreira e as dinâmicas do curso de Geografia. Ao ingressar na faculdade, o jovem pode optar pela licenciatura ou pelo bacharelado. No primeiro caso, ele estará apto a dar aulas desde o ensino básico ao superior.
Caso prefira o bacharelado, poderá atuar em empresas privadas urbanas e rurais, órgãos públicos (como departamentos de estradas, demográficos e de parcelamento do solo) ou ainda em centros de pesquisa. Ele também pode trabalhar na área de planejamento urbano e na área de transportes (mobilidade urbana, por exemplo).
O curso dura em média quatro anos e as disciplinas são divididas nos seguintes eixos temáticos, conforme explica o professor Gil Carlos Porto, da Universidade Federal de Alfenas (Unifal):
- Eixo Básico: Conjunto de disciplinas cujo conteúdo fornece as bases teóricas ao licenciado, como geografia do Brasil, geral etc.
- Eixo Geoambiental: Matérias cujas temáticas estão voltadas para a análise e compreensão das relações sociedade, natureza e seus impactos.
- Eixo Socioespacial: Constituído por disciplinas que fazem parte da área conhecida como Geografia Humana e voltadas para as dimensões espaciais das práticas sociais no território, possibilitando uma análise crítica do espaço geográfico.
- Eixo Geotecnológico: Composto pelas disciplinas instrumentais de análise espacial baseada em softwares de geoprocessamento e processamento digital de imagens, além dos conhecimentos analógicos da área cartográfica.
- Eixo Pedagógico (apenas para os alunos de licenciatura): Disciplinas específicas de caráter formativo do professor que contribuem para a transferência de conhecimento acerca da composição curricular e seus parâmetros mínimos e didáticos, adequados à construção do conhecimento geográfico no ensino fundamental e médio.
“O mercado para o geógrafo e para o professor de Geografia está sempre em alta. Há carências de técnicos em órgãos de planejamento que lidem com estatística e cartografia. Além disso, faltam professores de Geografia em todos os níveis de ensino”, afirma Gil Porto. O professor dá dicas para quem pretende seguir a carreira:
1 – Identificar-se com o estudo do planeta e da sociedade.
2 – Participar com afinco das atividades teóricas e práticas das disciplinas estudadas.
3 – Participar de projetos de iniciação científica e extensão oferecidos na universidade.
“O geógrafo precisa sempre estar atento às mudanças em curso na sociedade e gostar de lidar com pessoas e a natureza. Quanto ao professor, ele precisa gostar do ambiente escolar e, sobretudo, ter habilidades para lidar com crianças e adolescentes”, resume o acadêmico.
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